Fotografia do equipamento de análise com fluorescência de raios x por dispersão de energia(EDXRF) do Instituto de Física realizando medidas nas diferentes obras A)''Tropical"(1917) do acervo da Pinacoteca do Estado de SP B) ''O Homem Amarelo""(1915) do acervo do IEB-USP C) O "Retrato de Mario de Andrade" (1923) do acervo do IEB- USP D) A ''Estudante Russa" (1916) do acervo do IEB-USP E) '' O Japonê(1915-1916) do acervo IEB-USP.
Fonte: Elaborado pelo autor Campos(2015)
Física e Arte são consideradas áreas opostas. Entretanto, essa idéia é falsa. Essa aparente incongruência em procurar associar ciência e arte já foi abordada por muitos autores. Alguns contrários e outros favoráveis como Jacobi Bronosky (1908-1979), cientista e divulgador da ciência que também defendia essa aproximação.
Os estudos desenvolvidos pelo Núcleo de Apoio à Pesquisa (NAP) de Física Aplicada ao Estudo do Patrimônio Artístico e Histórico também buscam provar o contrário. Trabalhos interdisciplinares têm contribuído muito nesta área, resultando em análises muito precisas, revelando os materiais utilizados por um determinado artista. Essas técnicas são denominadas não destrutivas e baseiam-se em processos de interação de radiação eletromagnética com a matéria e incluem técnicas fotográficas que são: luz visível, fluorescência visível com radiação ultravioleta (UV), refletografia de infravermelho e fluorescência de raios x.
A tese do pesquisador Pedro Herzilio Ottoni Viviani de Campos inntitulada ''Caracterização de pinturas da artista Anita Malfati por meio de técnicas não destrutivas" realizada no Instituto de Física da Universidade de São Paulo teve como objetivo estudar a paleta de cores e pigmentos usados pela artista. Esse importante trabalho permitiu a elaboração de um banco de dados para historiadores de arte, curadores, conservadores para melhor caracterizar a obra da artista (Campos, 2015).
Profa. Elisabete Amaral
Leia mais sobre as técnicas não destrutivas no link: http://museu.ccsl.ime.usp.br/